19 de jul. de 2009

...

Neste instante
em que o silencio da noite conhece o meu,
agora quando meus olhos procuram os teus...
quando em maquinas sons perdem-se no retangulo do meu quarto,
sumindo pela janela aberta,
talvez para as estrelas e ate mesmo para lua...
Nesta hora em que finalmente percebi,
que ninguem podera mudar-me
e que todas as minhas revoltas,
so a mim pertencem...
e juntamente com meu eu,
liberto-me de tudo e de todos
projetando meu pensamento em ti...
Choro uma dor...
sorrio para um ideal: partir...
e sigo imaginando um caminho utopico
onde no silencio de um amor
tu me sorris e me abraças...
Será sempre assim...
com todos em todos os lugares,
eu estarei pensando em ti,
somente em ti.
(Fatima - 1971)

Quem sou

E no dia em que as flores eram mais vermelhas,
o céu mais azul...
O sol brilhava mais forte,
neste dia, eu nasci.

No silencio do tempo que passa
no desabrochar da rosa,
lancei-me no entusiasmo da descoberta de um mundo novo
que aos poucos descortinava-se diante dos meus olhos.

Sabe, fui gerado por amor
e durante algumas horas de um tempo,
todos me esperavam com carinho e faziam planos...
Fui gerado para fazer todos felizes.

Cheguei...
senti nos olhos dos meus pais
a alegria incontida.
Que superava a tudo e a todos.
Que me dava forças para viver...
Porque na realidade,
nao sou como os outros...
Tenho corpo perfeito...
mas sou mutilado mental.
Vejo e não observo.
Vivo na obscuridade da vida,
sou conduzido, carregado...
Sou alguem... sou especial...
Dependo de ti, meu irmão, minha irmã...
Pensei que era suficientemente grande
para encher coraçoes de felicidade, mas encanei-me
Eu não era o que voces queriam.

Neste pedido de ajuda ainda te digo.
Existe uma lua cheia no ceu, uma rosa em um jardim qualquer...
O importante é que ainda existe o belo.
Existe um mundo a minha volta, a apoiar-me.
Mas, sinto-me incapaz de sorrir com alegria.
E a cada passo fecha-se uma porta,
abre-se um infinito.
Preciso de ti, porque sou flor sem jardim...
perdida... só...
Preciso de ti, porque existo como existes.
E quero participar do mundo,
Deixem-me viver como voces!!!
(Fatima - Gracinha - 1971)

Felicidade


Felicidade, onde estas?
Nos te procuramos em todos os lugares
e nao te encontramos...
Pareces cada vez mais longe.
És como areia fina em nossas mãos...
Mas, felicidade, será que es a criança que sorri,
o orvalho que cai
ou o sol que se deita ao longe?
Será que te encontras no desabrochar da rosa,
ou no sorriso do ser amado?
Ou será que és a chuva fria,
a expectativa do amanhã,
que não sabemos como será?
Não, tudo isto é complemento do que não és para nos...
Quando observamos uma rosa, a chuva, o sol,
o orvalho, ou o sorriso amado
sentimos alegria, porem não felicidade...
Es a vitoria que alcançamos quando sao compreendidas
nossas tristezas...
quando descobrem que ainda somos humanos e não mais
alguns para a sociedade.
Quando entendem que somos capazes que rir,
amar, chorar...
És felicidade,
a alegria que impede de errar,
que evita as guerras sociais,
que fazes com que encontremos Deus...
quer num poema,
numa rosa ou no silencio da penumbra,
onde o vento canta mais alto.
Enfim felicidade,
és o sentimento alcançado quando sao compreendidos
nossos porques!!!
(Fatima - 1971)

...

Nunca te abandonei,
porque abandono é o esquecimento e eu jamais te esqueci.
(Fatima - 1971)

Viver

Ideias... pessoas
ideais diferentes...
a mesma alegria...
nós...
No espaço de um corredor um som vibra...
Faz estrelas correram
nuvens brilharem...
que vida!!!
No ceu, um sol vermelho cede seu lugar
a lua...
Mais adiante, um labirinto.
Correr... subir... chegar mais perto do ceu...
gritar toda uma alegria,
todo um sonho de ser um ser...
Nos somos assim, felizes...
Nada nos impede,
coisa alguma nos abala.
De k-chute,
andamos, corremos, chutamos a vida...
E somente o futuro
poderá nos informar
se continuaremos ou não
vendo estrelas passando e nuvens brilharem..
Através do computador das rosas
e ate o final de uma etapa,
Enquanto nao realizarmos nossos sonhos,
Seremos tudo isso, assim
chutaremos tristezas,
seremos felizes!!!
(Fatima - 1971)

12 de jul. de 2009

Deus... amor e paz...


No cruzar do faixo luminoso da esperança
que nos faz parar o mundo.
Na complexidade do tempo que confunde os seres,
Nasce num espaço singelo uma verdade:
Deus;
No caminhar da vida
cria alegrias,
doutrina,
divulga ao mundo, seu ideal: Amor.
Na metamorfose do tempo,
No crescimento das epocas
Em cada nova etapa...
em que se faz a eletronica,
Existe a felicidade.
Na caminhada infinita...
na procura do seu eu...
O homem, vence o espaço,
vê em uma criança o futuro,
nas flores, a vida
e encontra-se encontrando a Deus
Nesta simplicidade das epocas
e na naturalidade do que nos cerca,
surge uma nova confiança...
no dia de amanha
e num Ser infinito...
Natal renascimento da realidade:
Amor.
Nascer constante de um objetivo:
Paz!
(Fatima - 1972)

...

Porque das interrogações, se
todas ficam perdidas no tempo?

...

Um minuto...
uma hora...
uma semana...
meses...
algum tempo...
Contigo, sempre é uma vida feliz!
(Fátima - 1972)

Voce


Você...
Você...
Você...
Você...
Você...
a realidade mais importante
que encontrei em minha longa
caminhada.
Você.
(Fatima - 1972)

...


Procurei a felicidade e parti.
Corri por campos,
cidades...
Estradas...
Vi sóis e luas nascerem...
Observei o tempo chorar
e até esqueci que ele passava...
Caminhei,
por campos floridos,
ruas estreitas, terras sem fim.
Eu buscava a felicidade e te encontrei,
meu mundo escondido.
Lembrei-me do sorriso esquecido,
fui feliz por te encontrar e amar...
Sou e serei feliz por pensar em ti.
(Fatima - 1972)

Mãos


Tuas mãos ergueram-se no ar
num movimento triste.
Parti, porque partias...
Meus olhos seguiram teus passos,
Não mais te vi.
Minhas lagrimas perderam-se no nada...
Partistes... mais um adeus...
Partir o retornar da minha solidão.
Adeus para voltar?
Continuar a mesma pessoa?
Adeus as alegrias,
esperanças,
adeus a um passado feliz...
E no ultimo momento,
teus passos vacilarão?
Não, sabes o que fazes...
Faz por favor, do teu adeus
a tua chegada mais breve...
Despede-te do mundo que te cerca
e retorna,
algum dia,
para que eu possa ser feliz.
(Fátima - 1972)

Sombras


Um momento na solidão dos "eus".
No encontro das massas liquidas,
passas tranquila,
criando no teu oposto sombra uniforme...
O barulho cadente desperta o mundo,
tambem criando imagens...
Vagarosamente surges, abrindo um clarão,
matando uma luminosidade diferente,
fazendo nascer uma saudade.
Azul - Hibrido
Vermelho - Cuidado...
Amarelo - Atenção
Verde - Liberdade....
Livres: o mundo, os rios e os mares...
Livres para não enxergar sinaleiras...
Não perceber placas,
correr, esbarrar no tempo,
seguir sempre pensando em ti.
Sombras, sombras...
Pensar em ti,
Certo?
Em alguem?
Errado?
E partir, o que pode ser?
Adeus?
Partida ou encontro de verdades?
(Fatima - 1972)

Perdoa-me


Perdoa-me
foi coberta pela minha ignorancia e
por te amar que te ocultei verdades...
Foi neste mundo que me cerca e que nele vivo,
que fiz com que morressem as esperanças
e que fossem destruidas as ilusões...
Perdoa-me
por foi neste mundo que te conheci e
por nele vegetar,
que nunca soubestes o que na verdade sou...
Nunca entendestes a minha verdade..
Perdoa-me
Não posso mais crer no que me cerca,
no que te cerca...
Tudo se tornou futil e sem razão de ser...
Sou assim,
por força daquilo que me envolve...
Serei sempre assim...
Perdoa-me, mas neste mundo que tantas coisas me deu,
tantas me tirou, não posso mais crer.
Fatima - 1972)

9 de jul. de 2009

Balão


O balão subiu.
Parou no ceu,
lançou mensagens...
Pediu ao mundo paz.
E delicadamente partiu
em busca de nova fase.
Iluminou olhos apagados,
fez sorrir a criança pobre
nova vida chegar...
Tudo se iluminou...
E o balão foi descendo...
e mesmo escondido
no espaço e tempo,
não deixou de fazer alguem sorrir...
Não se apagou por completo,
deixou saudades
E o balão subiu...
(Fatima - 1972)

Procura


Procurei verdades, encontrei ilusões
Procurei o real, encontrei mentiras...
Parece sempre recebermos o contrario do
que pedimos...
Assim,
caimos neste labirinto e nos perdemos nos sonhos
que a vida nos dá.
Caminhamos junto com o irreal,
com as mentiras e injustiças
Nossos desejos o receberemos talvez na
nossa plenitude,
nosso fim.
(Fatima - 1972)

Nascer

Surgimos no mundo para realizarmos alguma coisa,
atingirmos algum fim.
Nascemos como a flor no campo, sozinha...
fazemos sorrir um rosto triste
e numa expressão de felicidade
uma lagrima nasce...
E tambem por isso, somos felizes,
pelo que somos...
Durante toda uma etapa
Esperamos para realizarmos nossos objetivos
E muitas vezes partimos do mundo que nao conhecemos.
Somos assim e talvez não fariamos felizes os que nos rodeiam.
Eu poderia ser flor sem jardim,
encontrar em todas as portas que abrisse, um abismo,
um infinito...
Não importa que eu tenha partido sem te conhecer...
Fui feliz neste tempo...
Sentia que eras importante para mim e
mesmo assim, parti.
Perdoa-me, poderia te fazer infeliz...
(Para uma mãe triste)
(Fatima - 1972)

Contigo


Nesta hora em que a lua no céu,
chora com raios o tempo que rapido passa,
eu penso em ti.
Nesta hora em que o mar murmura canções,
e as ondas jogam-se na praia,
eu penso em ti e
no soluçar sufocante da saudade
vejo teus olhos,
teu sorriso, teu rosto...
Esqueço-me do tempo.
Projeto-me no inexistente...
Ergo meus braços e te abraço.
Meus olhos, nos teus...
teu sorriso, teu amor... meu amor
nosso amor.
Embalo-me na suavidade da brisa noturna,
conduzo-me até teu mundo.
Sou feliz!
Amo-te.
Nem mesmo a distancia, o tempo e o mundo,
farão com que eu me esqueça de ti,
pois
amar-te mais é impossivel.
Amo-te!
(Fatima - 1972)

Caminhos


Caminhos...
tantos que nem sei.
Caminhos que nunca percorri.
Caminhos que nunca encontrei.
Caminhos perdidos,
esquecidos
Por que?
Caminho caminhando em caminhos caminhados...
Caminhar é sonhar e te encontrar...
Em caminhos floridos?
Ou apenas caminhar?
Não sei,
para mim, basta apenas caminhar...
(Fatima - 1972)

Amigo...


Passas... sorris...
és amigo, passas....
O importante morreu.
Te busquei com o olhar e te encontrei.
Amigo!!??
Na minha mente um mundo morto renasce,
nosso amor,
nossos risos,
nosso choro...
Nossa felicidade e nosso amor.
Amigo, amigo...
Como posso assim te chamar?
Amor, amor amigo,,,
Partir
Adeus amor!
(Fatima - 1972)

Parti


Mais uma vez parti...
para buscar um mundo novo,
um caminho certo... e parti.
Corri em busca de um mundo
inexistente...
de felicidade irreal e
encontrei saudades...
Porque saudades? Não sei...
Saudades de um mundo que não existiu?
Por que chorar um tempo que nao veio?
O que importa?
Os olhos não conseguem distinguir o essencial...
porem, o importante em mim nasceu.
E eu parti...
(Fatima - 1972)

...


Tudo se embala no agitar de um centro...
carros, pessoas, coisas...
Um mundo diferente
faz com que caminhos se cruzem
para voltar ao ponte de origem.
Que pena,
o inatingivel é alcançado e
o irreal, passa por acaso.
Amar-te talvez não seja permitido,
porem, esquecer-te será impossivel.
(Fatima - 1972)

Buscas


Precisamos crer em nosso mundo
para não partirmos...
Precisamos crer em nos, para
não desistirmos da longa caminhada.
Surgimos...
Modificamos o tempo, as pessoas...
Buscamos verdades, os por ques...
E finalmente, partimos para o nada,
para o irreal, para o incerto...
Então, amamos alguem.
Procuramos nesse amor
felicidade, sorriso esquecido,
complementação,
auto afirmação ou
simplesmente amamos?
Não nos importa.
Seguimos sempre e não retornamos...
Caminhamos firmes e confiantes.
Não importa a tristeza.
Destruimos barreiras,
rumamos ao certo.
Em busca da verdade,
simplesmente amamos!
(Fatima - 1972)

Retorno


Então, voltei-me para dentro de mim
e procurei descobrir algo importante, essencial.
Olhei-me.
Olhei minha vida, meu ser...
Percebi que não era quem pensava ser,
quem poderia ser.
Percebi que chorava quando deveria sorrir...
que sorria quando deveria chorar...
Era assim, fria, calculista, inalteravel.
"Eu estava perdida dentro de mim, porque
era um labririnto..."
e todas as saidas estavam impedidas.
Tudo se tornara uma procura inutil e sem finalidade.
Procurava meu eu e encontrava um vazio,
procurava minha vida... nada encontrava.
Eu nada tinha feito.
Nada havia se concretizado.
Era apenas um numero a mais...
Não havia crescido ainda.
(Fatima - 1972)

8 de jul. de 2009

...


Amo-te
busquei em ti a felicidade perdida...
o sonho de amor...
uma estranha sensação de alegria.
Amo-te
a cada minuto ao teu lado,
transforma-se numa vida utopica.
Amo-te
teus olhos iluminam meus caminhos,
dão-me forças para viver...
Teu sorriso eleva-me a um mundo fantastico,
sonhador e irreal.
Amo-te
E todos os minutos longe de ti,
são infindaveis e sem alegria...
Amo-te e não consigo te esquecer.
Amo-te e por amar-te
sou feliz!!!
(Fatima - 1972)

...


O sol morre distante,
pintando a terra com seus ultimos raios.
A noite mansa e frio vem chegando
Lagrimas nascem em meu rosto.
Uma saudade soluça alto e todo meu ser
sente tua presença.
Partimos,
cada qual para o seu mundo...
Uma voz,
um abraço,
um beijo?
Até breve?
Adeus?!
Buscamos em nossos destinos
a felicidade... talvez perdida.
A alegria... quem sabe esquecida,
o amor jamais encontrado.
(Fatima - 1972)

Te amo


Te amo,
procurei soluções para te esquecer,
encontrei saudades.
Despedi-me da solidão e
reencontrei com a tristeza.
Te amo,
e amar-te tornou-se um sonho,
me transformei em amor,
amor que sonhei...
que desejei...
Amor, custa-me acreditar que te encontrei.
Custa-me acreditar que te amei,
que te amando te perdi.
(Fatima - 1972)

Menino pobre


Surgistes só, depois de tanto tempo protegido...
Cortastes o elo que te prendia e
nascestes para um mundo novo e diferente.
Eras alguem,
amado e querido por alguem porem, só...
Ah! o primeiro sorriso marcado e esquecido.
A primeira lágrima, primeira tristeza...
não importava
Caminhastes,
começastes a correr o mundo diferente...
de terras desconhecidas... vestido em trapos.
Coberto de uma alegria triste que fazia chorar
corações que te olhavam.
Não importava novamente e
continuavas a seguir,
ante o frio, a noite...
diante do sol e da lua...
Suplicavas amor e recebias esmolas...
Pedias ajuda e eras corrido...
Não importava...
Eras alguem insignificante,
humilhado...
que precisava de apoio,
carinho, compreensão...
Alguem, sem ninguem...
Apenas um "menino pobre".
(Fatima - 1972)

...


E foi como que perdida num mundo
cheio de ilusões destruidas,
sonhos não concretizados,
que te encontrei...
Onde os homens tornaram-se frios e egoistas,
Mundo em que o sol parte mais cedo,
e a lua, demora a surgir...
Mundo em que olhos inocentes
te procuram e seguem a cada passo,
sem jamais serem traidos...
Mundo em que vives e que um dia te fez sofrer,
que te escondeu a felicidade do sorriso mais amado...
Foi neste mundo,
que tantas coisas te deu e tantas te roubou
que te encontrei.
Em teus olhos conheci a compreensão...
uma felicidade diferente,
um sonho esquecido.
Eu havia partido tambem, so e perdida...
e te encontrei como eu...
tentando esquecer um passado, o mundo
as pessoas.
Eramos iguais...
E juntos caminhamos
cada qual com seu mundo.
Mundos distantes e iguais,
mundos que poderão se encontrar
talvez, no dia em que o sol sempre brilhar
e a lua surgir mais cedo.
(Fatima - 1972)

Se um dia...


E se um dia eu partir
e seguir um mundo diferrente,
não me tenhas como alguem injusto.
Somente procurei
não destruir algo que tentei construir e
que me foi bom durante este tempo.
Sou assim,
amo as flores,
o tempo, a vida...
as pessoas...
porem, muitas vezes, não sei compreende-las...
Entende-me,
todas as vezes que te encontrei,
em todos os instantes que sorri,
brinquei e até...
enfim, em todos os instantes
fui imensamente feliz.
Contudo,
se em alguma epoca este dia chegar,
não te culpes, somente eu parti,
para não quebrar aquilo que é importante,
que é belo, nossa amizade...
Somente parti, não te esqueci e jamais
algum dia poderei te esquecer.
(Fatima - 1972)

Quisera


Quisera ser o que não sou
sentir o que não sinto,
Amar a quem não amo.
Quisera encontrar o que procuro,
achar o que perdi.
Quisera chorar por quem não pode,
sorrir por quem já não sorri.
Quisera ver as belezas do mar e o que
diz o murmurar das ondas.
Quisera ver nascer o sol e
jamais estar presente em seu derradeiro instante.
Quisera tantas coisas dar e tantas fazer...
Quisera tantas coisas mudar,
tantas transformar...
Mas tudo passa...
esquecendo-me, ignorando-me...
E eu que quisera tantas coisas fazer,
mudar,
transformar, esquecer
vou aos poucos vendo meu pequeno mundo morrer.
(Fatima - 1972)

Deus


Tantas coisas ja se disse
e tanta ja se falou.
Tantas injustiças se dera e afinal,
so os ignorantes de espirito
podem desconhecer Deus.
E indagam quem é, o que fez, de onde veio,
para onde vai...
E direi que é amor, inspira amor, distribui amor
nasceu do amor.
Tudo o que fez, foi amor!
Ou se pode dizer que uma flor não é amor?
Que uma criança não é amor?
Que a natureza, a vida não é amor?
E tudo Deus criou...
Deus criou amor
Deus nos deu amor,
Deus nos amou!
Não veio e nem vai... seu lugar não está definido.
Pertence ao mundo e o mundo lhe pertence.
Está na paz, na alegria, no choro e na tristeza...
Deus é isso: amor.
Quem ama, ama a Deus, ama com Ele
Que odeia, mata-se aos poucos, destroi-se...
Depois de tudo, amor não será mesmo uma só palavra.
Deus é amor.
(Fatima - 1973)

6 de jul. de 2009

...


Ainda não me encontrei.
Procuro em tudo o que faço
descobrir a parte que me falta.
Será que encontrarei meu outro eu em algum lugar?
Onde está meu mundo menino?
(Fatima - 1973)

Caminhamos


Onde estas neste instante que penso em ti?
Neste momento que passa e mais aumenta o meu amor?
Qual é o teu mundo?
Razão do teu viver?
Onde te encontras, qual o teu destino?
Então, procuro-te no nada
Na obscuridade do que me rodeia, te encontro.
Meu mundo, esbarra-se na inercia do tempo e choca-se com o teu...
É a procura do amor... o teu, a busca da felicidade tambem...
Juntos caminhamos
em busca de tudo.
Somos um só a procura de sonhos, ilusões.
(Fatima - 1973)

Amigo


Queria deixar-te algo, que marcasse no futuro.
Tentei falar das pessoas, do tempo, da felicidade,
das coisas que nos rodeiam... Não consegui
Não sou suficientemente grande
para falar daquilo que nos envolve,
Falei da amizade, dos amigos...
coisas importntes e que
tornam os seres importantes,
que nos fazem falta, a quem fazemos falta.
São irmãos postiços, nossos amigos...
Doam compreensão, carinho, incentivo...
Existem para nos fazer existir,
vivem para nos fazer viver...
Sao seres que podem nos fazer sorrir,
viver sem vegetar.
Enxugam as lagrimas de um penamento tortuoso.
Nos dão motivo para nos reencontrarmos.
Te o poder de nos fazer feliz...
esquecer os maus e avivar os bons momentos.
Quebram barreiras do odio, dos preconceitos...
da razão social;
São seres que nos dizem: Amigo, conta comigo!
(Fatima - 1973)

És


Não tenho o poder de perdoar,
mas te entendo.
Te compreendo nas horas que
fugindo da realidade,
buscas no abismo do nada uma esperança.
Te entendo quando olhas para o luar e achas
o ceu flutuando e não o alcanças.
Entendo que te basta o olhar e te encontras...
cativas a lua, as estrelas,
sol e campos...
Continuas surgindo do irreal,
mastigando uma vontade e
digerindo uma verdade,
maquiada pelo tempo e pelas pessoas.
Te entendo e dou valor aos teus atos.
Te reconheço.
És o que sentes, és o certo.
Procuras naquilo que buscas
a verdade que procuras.
És o que sentes, és o certo.
(Fatima - 1973)

Viagem...


Caramelo...cogumelo...
viagem... vadiagem...coragem... certeza... Firmeza...
Tortura... Fortuna...
Amizade, liberdade, Caramelo...
cogumelo...
viagem... coragem,
Céu, luar, desacerto, conserto...
Concerto.
Morte, porte, forte...
Pote.
Caramelo...
cogumelo...
Sinaleira...
Primeira viagem...
Tempo.
Liberdade, e o belo...
a fera.
O monstro, o terror.
O pavor...
a dor...
E a vontade da liberdade...
a loucura...
Muita doçura, formosura
e da coragem...
muita viagem...
E do amor, uma saudade
e da saudade um passado...
do passado ao futuro, mundo escuro,
abismo incerto, cogumelo aberto,
aberto a viagem, coragem liberdade
Saudade, vontade, palavras.
Vermelho,
mar verde escuro, amarelo...
Desespero... esqueço...
viver mundo,
Guerra, preconceito, defeito sem jeito!
Esquisito... simbolo, sinal cegueira.
Olheira, sangue...
dormideira... doideira...
Muita viagem.
Caramelo, cogumelo,
viagem para a liberdade...
Ao céu,
a vida,
a morte!
Ao maior, ao melhor...
Caramelo com cogumelo!!!
(Fatima - 1973)

5 de jul. de 2009

Saudade


E tu partistes quando as papoulas floresciam,
quando no céu mais estrelas brilhavam,
quando eu começa a entender a vida.
Eu te queria, tu me querias, porem, tu partistes...
Ali, tudo havia terminado.
E hoje, penso mais em ti.
Agora mais que antes eu te necessito...
Agora que sei o que é chorar, eu te preciso.
E dentro de mim, do meu ser, vagueias socorrendo-me,
incentivando-me diante das barreira que o mundo me dá.
Enxugando-me as lagrimas que escorrem em meu rosto
e que surgiram na tua partida...
coisas que não compreendia...
Hoje, é teu dia...
queria te fazer o mais belo poema,
te dar o mais belo jardim...
te cantar a mais bela canção.
De que adianta? Estas muito longe de mim
muito perto do alem...
A distancia, me impede de te encontrar.
Meu pensamento te procura na escuridão que me envolve...
É um sonho te encontrar...
Ergo meus olhos e te vejo na claridade que
envolve teu corpo cansado...
Tua caminhada foi longa
e por curto tempo caminhei ao teu lado...
que pena, por ti foi curta a minha existencia...
A ti, foi longa nossa caminhada.
Toda a realização que esperavas, havia se completado.
Toda a minha esperança chegara ao fim...
E tudo nos separou.
Quebraram-se nossos ideias, nossos sonhos, nossas ilusões...
Cortaram o elo que nos unia, que nos fez feliz e nos fez chorar...
Eu te queria, tu me querias...
E partistes... para onde?
em qual mundo te encontras?
Ainda te quero. Ainda te pertenço...
Egoisticamente, penso mais em mim do que em ti.
Eu não queria tua partida...
Tu querias a tua concretização.
Hoje é teu dia.
Dia que queria te ofertar o mais belo poema, os mais belos jardins, as mais elas canções...
Dia que choro uma dor presente da dor ausente.
Nossos caminhos despontaram cada qual para o seu lado.
Tu para o fim,
eu para o inicio... nos para o nada.
Nossas papoulas morreram.
Em nosso céu deixaram de brilhar estrelas.
Nosso mundo escureceu.
Que pena, terei que contentar-me com uma lembrança,
que envolve toda minha vida, todo meu ser...
Eu te queria, tu me querias...
E tu partistes.
(Fatima - 1973 / Para minha mãe)

Onde


Onde estas,
neste momento em que eu penso em ti?
Nesta hora em que a luz se faz sentir,
em que um mundo de vozes me rodia e busca
a atenção esquecida.
Retira-me da monotonia que me cerca?
Onde estas,
neste momento em que te conheço,
desconhecendo-te,
que te gosto,
mesmo sem saber da tua presença,
do teu calor,
do teu ser?
Onde estás,
nesta hora que o vento bate em meu rosto
e me traz o sentido da tua voz, da tua existencia,
do teu viver?...
Sei que te encontrarei,
em qualquer instante ou minuto...
e serás mais importante,
serás mais amado...
Onde estas, não importa.
Penso em ti e
meu pensar me faz feliz.
E não importando estes teus momentos
mistos de misterios, é que te amo
a cada minuto da minha vida.
(Fatima - 1973)

Viver só


Nesta hora eu penso em ti,
em tuas palavras,
no teu possivel ser.
Coloco então, na tristeza dos meus olhos,
coisas que me disseste,
relembro de coisas que quis te dizer e calei...
Sou assim,
só, vivo só com tua voz...
Errado querer o que nao se pode.
Devemos ser, um pouco mais daquilo que pensamos
não ser e menos daquilo que na verdade somos...
E penso naquilo que nao te disse.
Queria perdoar-me. Enganei-me,
pensando ser que era mais forte do que meus
proprios passos,
mais fote que tudo que me envolve, me rodeia...
Acho que errei tentando te colocar em meu mundo...
Tentando fazer-te parte minha...
Coisa que jamis poderia pensar.
Sou eu meu mundo e tudo a minha volta,
nao me pertence.
Tu és todo um mundo,
o direito de seres felizm é teu!
(Fatima - 1973)

Adeus


A ti amigo,
que tão pouco vivestes
e que tantas coisas destes a vida,
é que hoje, venho dizer-te adeus.
Porque partes e levas contigo
uma felicidade nossa...
Uma felicidade que nos roubastes
com a tua partida.
A ti amigo,
que em tao pouco tempo,
fizestes tantas lagrimas rolarem
peço consolo as pessoas que te queriam
e agora choram a tua ausencia...
A ti amigo,
que a tantos fizestes sorrir e hoje
tantos fazes chorar, posso dizer-te:
Serás feliz!
Adeus amigo!
(Fatima - 1973)

Sem importancia


Não importa o tempo que vivamos....
O passado é gravado em nossa mente como algo bom
que não passou,
talvez passará.
Buscaremos em todos os mundos que percorrermos,
uma alegria,
haveremos de nos lembrar de alguem,
de um passado...
E sonhando vamos seguindo um rumo não nosso,
mas que fará um dia, parte de uma saudade.
Será a razão do nosso viver.
Não importa o que haveremos de passar.
Importante realmente, é o que já passamos.
Fatima - 1973)

4 de jul. de 2009

Vida


Ontem pequenino ser,
um sonho realidade,
uma verdade feita.
Em tuas mãos, um futuro.
Nos teus olhos, a esperança.
Todo teu ser, a feliciade.
Em teu sorriso a confiança no amanhã,
a certeza no melhor, no certo.
Hoje, menina mulher,
mulher criança,
a criança moça...
Em tuas mãos um tempo vivido,
outro desejado...
nos teus olhos, ainda a esperança no mundo em que vives,
nos que te rodeiam, no presente verdadeiro.
Ainda no teu ser a felicidade.
Força presente em ti.
Felicidade em ti, menina mulher, mulher criança, criança moça...
O tempo, caminhante eterno, te faz felicidade moça...
e da criança um passado,
da mulher um futuro...
Hoje, teu dia, que importa passado ou futuro?
que importa senão somente este tempo?
Hoje, tu és o melhor dos tempos.
Qual deles não importa.
A menina moça mulher,
será sempre felicidade,
Eterna felicidade.
(Fatima - 1973)

E fim...


Na existencia misteriosa dos seres,
na confusão das mentes, o colorido absurdo da viagem...
O monstro chegando, a realidade anestesiada,
a vida morrendo - morte nascendo.
O fogo, o mar, o ceu, o inferno colorido do tempo vivido...
a cremação, a ração...
Podridão das classes,
a razão...
O preconceito, a dor, o odio...
O inferno da vida, ainda vivida...
A morte esquecida.
O palhaço no ar,
ar sufocado, vivencia poluida.
Paz!
Felicidade colorida e eu da viagem criei coragem.
Fui vida selvagem, criança, infancia... e veio a morte.
E a tristeza que levou a viagem...
Viagem por que?
Gosto mortal, legal...
Vida original,
pecado capital...
E tudo para a vida - o certo, um bom final.
(Fatima - 1973)

Distancia


Na distancia que se perdeu,
no sonho realizado
ou na tristeza esquecida,
naquilo que nos faz feliz,
que nos anestesia e nos embala
nesta realidade,
há coisas importantes, mais
verdadeiras que tudo o que nos cerca.
Formam-se devagarinho...
assim como o sol que nasce atras do mar...
assim como o mar que volta, procurando
as ondas quebradas...
Como as ondas que se perdem na areia.
São coisas que nos fazem felizes.
São coisas que nos fazem voltar, viver...
abrir os olhos a um mundo melhor,
maior,
liberal....
São coisas, verdades, que a ti me fazem dizer:
Te amo!
(Fatima - 1973)

Viagem


Que direito tenho de ser caminhante incerta deste tempo,
incorreto, incompleto.
A morte é meu final,
nascer meu inicio...
Tempos ligados do nada ao nada...
Procuro no meu corpo anestesiado um
pouco do que me resta desta viagem...
Quero reagir, desistir, voltar...
Matar um tempo,
existir num retorno...
E quero viver,
sonho, doideira,
chocadeira, corredeira...
É o mundo que vivemos.
Onde estamos?....
E por quem nascem as flores?
Vivemos buscando a razão, a filosofia,
a ligação total - junção mortal...
União, certeza muda.
Verdade construida...
Meu mundo real nao se baseia em viagens,
mas na vontade de viver...
Tentar não esquecer
que para todos ha um inicio e um fim.
ontudo antes, a viagem.
(Fatima - 1973)

Prisioneiro feliz


Tu, ser pequenino,
inocente de tudo o que te cerca,
fazes, mesmo sem saber,
minutos de felicidade...
Tu envolvido em teu corpo de plumas,
fazes dos teus, os meus olhos...
do teu cantar, minha alegria.
Dás aos que te rodeiam, carinho, ternura...
Tu ser pequenino, pouca importancia tem os
limites da tua liberdade...
Prisioneiro ou não és feliz, me fazes feliz,
muito feliz.
(Fatima - 1973)

...

Queria colocar-te em meu mundo eis que ja tinhas o teu.
(Fatima - 1973)

Verdades


Cansaram-se as ideias.
Tudo termina.
Sinal vermelho a um mundo aberto
Guerra fria,
morte incerta.
Procuram-se verdade.
Surgem ocasiões...
A vida agita-se no varal do tempo.
Perdem-se as imagens na tela do nada.
Sinal aberto,
ou tudo ou nada.
A vida é morte.
Um jogo de sorte.
A pedra constroi,
a funda, destroi...
Para, trava o computador.
Degenera-se uma raça...
Ou tudo ou nada.
Fim.
Quebraram-se as formas.
Há duvidas.
A certeza mudou.
Somos realidade. Do que?
Não importa? Por que?
A funda destroi o que a pedra constroi...
Somos um nada ou um tudo?
Somos fantasia ou fato?
Somos geração ou desgraça?
O que somos afinal?
Parte de um mundo onde não sobrevivem as respostas.
Fazemos parte de uma tela sem imagens.
Não somos guerra fria, nem tão pouco um erro.
Não somos destruição.
Somos a pedra que constrói.
Somos gente, somos verdade.
(Fatima - 1973)





Pensamentos


Na monotonia daquilo que te cerca,
abandona os pensamentos que promovem tristezas.
Ergue-te
levanta aos ceus a tua fronte,
caminha firme e em frente,
jamais lembrando aquilo que ja foi
ou já houve.
Pensa,
isto sim,
na força que um dia poderás ser,
no poder que te espera,
na verdade que alcançaras.
Ergue-te e faz dos hoje
teus maus momentos
um altar
onde depositarás a felicidade que algum dia
ha de chegar.
Eles te servirão de apoio
e fortalecerão a tua realização.
Tenho certeza,
serás feliz!!!
(Fatima - 1973)

Destruição


Não há o que escrever,
as palavras se destroem
uma após as outras.
Esbarram-se em suas verdades.
Sem finalidade alguma,
partem em busca do irreal,
do incerto.
Vibram diante dos seus proprios acentos
e o agudo vira grave,
o circumflexo foi esquecido.
Não ha o que escrever...
os homens destroem
as palavras.
(Fatima - 1973)

Somos


E o que somos afinal?
Revoltamo-nos com injustiças
e nos mesmos as cometemos...
Choramos nossos atos,
suplicamos o perdão
e depois, partimos para o nada.
Misturamo-nos no que nos envolve,
gritamos por um ideal.
Mas, o mais importante esquecemos...
fugimos da realidade
esbarramos nas paredes que nos sufocam,
voltamos ao passado...
O que somos????
(Fatima - 1973)

3 de jul. de 2009

Nada resta

Agora,
quando mais nada nos resta,
é preciso que partamos,
cada qual para o seu fim,
atingindo cada qual sua meta.
Não olhes para o passado,
te fará mal...
Tu chorarás, eu partirei...
Não vou te esquecer
fostes importante para mim...
De tudo o que fomos
restará alem do adeus, a saudade.
É preciso ser assim.
Desta saudade construiremos futuros.
Desta vida que acaba, fomos felizes...
Partamos,
Para não esquecer esta felicidade.
(Fatima - 1973)

Escrever

Quero escrever.
Desabafar nas palavras incertas talvez,
a verdade daquilo que me és...
Nesta incerteza,
buscar a realidade
de um sonho impossivel,
de uma vontade abafada...
Sou eu que te procuro...
Ah! meus sonhos,
loucos mas sinceros,
absurdos, mas verdadeiros.
Coloco-me nos passos do tempo e
me encontro só.
E te encontro,
tudo volta ao mesmo rumo incerto:
Não sabia que era tão dificil te amar.
(Fatima - 1973)

Envolvida


No silencio do tempo que passa,
no alvorecer ou anoitecer,
perante as estrelas e tudo o que
nos envolve,
procurei te esquecer,
mater este sentimento
incerto e confuso...
Em vão...
Um abismo se abre sob meus pés
e abafa todo o meu ser...
Queria te esquecer e mais te amei...
Te amo...
Assim,
na mesma monotonia de tudo
que existe,
fechei-me na casca invisivel do meu viver e
tentei partir.
Impossivel,
A casca que me envolvia eras tu!
(Fatima - 1973)

Paredes


Quatro paredes
uma entrada, uma saida.
Lá fora, um mundo.
O que resta?
Quatro paredes
uma entrada,
uma saida...
Em qual mundo devemos ficar?
No que nos espera,
existirão outras entradas, outras saidas?
Poderemos escolher ou pouca coisa nos restará?
Partiremos,
fugiremos?
Compreenderemos nossas partidas,
nossas fugas?
Somente saberemos daquilo que nos restou?
Quatro paredes,
uma entrada,
uma saida...
(Fatima - 1973)

Algum dia


Aqui, onde perderam-se as imagens do teu existir,
que a distancia marca uma época,
fecho-me entre a morte e a vida...
te procuro,
te encontro só e te vejo.
Sem sentido
esbarro nas paredes da minha existencia,
creio na caminhada,
na procura desesperada...
Hoje
fazes parte do meu ser em forma de lembranças.
Algum dia, abertas serão as portas que nos separam...
E surgirás...
Partiremos...
a que mundo, nao importa.
Nós partiremos
(Fatima - 1973)

Te esquecer...

Queria te esquecer
buscar noutros rumos
uma nova ilusão,
uma nova realidade.
Queria prender-me
a outras imagens e
apenas te esquecer...
(Fátima - 1973)

Renascer


Voltei,
vim para partir e deste adeus,
tentar renascer,
procurar me encontrar e te esquecer.
Despedir-me deste mundo,
subir novas alturas,
amar o céu,
o mar, tudo o que nos envolve,
Amar o infinito
E depois, bem devagar morrer...
(Fatima - 1973)

Saudade


De tudo uma saudade restou.
Tu partistes mas, parte de ti ficou.
Teu sorriso,
tua voz,
tua esperança no mundo de amanhã,
tua realidade da vida...
De tudo um pouco ficou,
de tudo, uma saudade restou.
Tua imagem na janela,
a mesa junto ao canto...
Os papéis... recordações de um passado...
Teu amor pela existencia.
De tudo um pouco ficou
e tu partistes.
Saudade tambem ficou,
naqueles que te amavam,
naqueles que te conheceram,
uma saudade...
Do fim, tudo o que restou.
(Fatima - 1973)

...

EU TE AMAREI, ATE QUANDO O INFINITO NOS UNIR...
(Fatima - 1974)

...

E perdeu
um minuto tentando decifrar...
Num minuto perdido,
procurou visualizar o que em sua volta havia...
Desesperadamente tentou ver o que nao existia...
Desesperadamente,
Inutilmente.
Eu queria me envolver no teu sonho,
na tua ilusão.
Reconhecer tua verdade.
Eu queria destruir esta barreira
que me impede, que sufoca meu viver.
Eu queria poder te amar....
Livre e em liberdade...
Ver-te, vendo-me
Amar, te amando
Encontrar-me, encontrando-te.
Eu queria poder te amar...
Eu queria... em liberdade.
(Fatima - 1974)

Desejo


Eu queria me envolver no teu sonho,
na tua ilusão.
Reconhecer tua verdade.
Eu queria destruir esta barreira
que me impede, que sufoca meu viver.
Eu queria poder te amar....
Livre e em liberdade...
Ver-te, vendo-me
Amar, te amando
Encontrar-me, encontrando-te.
Eu queria poder te amar...
Eu queria... em liberdade.
(Fatima - 1974)

Te gosto


Não sei o porque.
Gosto de ti.
Quem sabe pelo teu ser,
por tudo aquilo que és...
Eu te amo e não sei o por que.
Teus olhos,
teu sorriso
tua voz...
E te amo.
Te procuro - eu te gosto.
Me solidifico na tua imagem.
Há o balançar de uma estrutura.
Eu te desejo.
(Fátima - 1974)