23 de fev. de 2011

Caminho para o rio


Minha alma percorre o caminho para o rio...
Com a saudade e com saudades.
Nos caminhos que não fiz,
Nas arvores que não plantei e
nas flores que não cultivei
encontro rascunhos dos sonhos
que vivi e imaginei:
Decifrar mistérios,
entender desencontros,
superar ausências e
para sempre,
esperar respostas e
driblar silêncios...
(Fátima - 23.02.2011)

5 de fev. de 2011

Cor da saudade


















Que cor tem a saudade que sente o velho abandonado esem lugar definido para jogar o corpo cansado?


De que cor é a saudade que vai viver,
da mãe que se despede do filho morto?


Do filho que parte para longe, sem saber quando vai voltar?


Que cor tem a saudade?


Da prostituta que na madrugada perambula vendendo o corpo?


Do amante que longe da amada ignora o tempo passar?


Qual a cor da saudade que nunca termina,que entranha na alma


e fica fazendo parte dos dias e das noites.


Que fica junto e que senta no banco sob a arvore isolada,que perfuma noites e dias,


De que cor é? 


Que cor será?


Cor da saudade que tira o brilho do olhar...


que esconde o sorriso mais puro e espontâneo que aumenta e dissumula o tempo de espera...

Que faz um ser não ser.


Que cor tem a minha saudade?E a tua?


Saudade com cor, sem cor...

(Fátima - 05.02.2011).