Guardo segredos
tão meus...
São alguns... sete talvez que silenciosamente enraizaram no meu interior,
no mesmo tempo que vivi...
enquanto minha alma crescia...
Apenas segredos...
Importa eu saber deles.
(Fátima, 06/11/2015)
16 de nov. de 2015
Doença
Pensamentos...
É doença que não cura,
que não tem remédio.
Neles outra vez te encontro.
Meus pensamentos, são teus...
Amar-te é doentio.
(Fátima, 11/11/2015)
É doença que não cura,
que não tem remédio.
Neles outra vez te encontro.
Meus pensamentos, são teus...
Amar-te é doentio.
(Fátima, 11/11/2015)
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Maria Louca
Maria que fala,
Maria que cala,
Maria da vala,
Maria da faca...
Louca... muito louca,
que grita,
que chora e sabe o que não sei...
Amou
Ama...
Agora chora,
E grita.
Grita por mim, por outros
loucos que não se aceitam.
Só para ser louca...
Maria só...
Maria que é Maria.
(Fátima, 06/11/2015)
Maria que cala,
Maria da vala,
Maria da faca...
Louca... muito louca,
que grita,
que chora e sabe o que não sei...
Amou
Ama...
Agora chora,
E grita.
Grita por mim, por outros
loucos que não se aceitam.
Só para ser louca...
Maria só...
Maria que é Maria.
(Fátima, 06/11/2015)
Anotações de Agenda
Que a distância de quem se ama, não exista.
Se existir que seja compensada.
Que haja reencontros, sempre!
(Fátima, 15/11/2015)
Se existir que seja compensada.
Que haja reencontros, sempre!
(Fátima, 15/11/2015)
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reencontros
Anotações de Agenda
Há dias que anarquizo a vida com minha imaturidade e inconsequência deixando recados com metáforas... preciso desenhar ainda? (Fátima, 16/01/2015)
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imaturidade,
vida
Casa da Herondina
Esta rua já não é mais a mesma de outros tempos.
Nela, restaram lembranças apenas.
Minha memoria angustiada, busca a casa que fazia parte dos meus dias...
Vejo edificações enormes... tapumes, caminhões de concreto...
A casa que procuro não existe mais...
Realidade que nunca imaginei.
Triste, percebo: a casa da Herondina, também foi demolida.
Em pensamentos me vi, naquele quintal... sonhando, vivendo, construindo
castelos e cidades com prédios de areia umedecida...
Em segundos, me vi assim outra vez.
Ouvi minhas gargalhadas, as conversas dos amigos, dos familiares...
E com tristeza na infância das crianças que
serão criadas nestes prédios...
Filhos modernos, criados em corredores cheio de portas fechadas...
Filhos calados, de risos limitados pelo silêncio obrigatório...
Filhos que jamais saberão o que é “um quintal com areia e arvores”...
Nunca sentirão o
cheiro da terra de suas aventuras...
É assim que vejo a casa da Herondina, tanto quanto meus
castelos e meus prédios de areia que fugiram das minhas mãos e se perderam nas lembranças do meu tempo.(Fátima - 16/11/2015)
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