26 de jun. de 2009

Lembranças


O relogio seguidamente bate os mesmos compassos,
marcando mais uma vez, mais um minuto, mais uma hora,
mais um instante na tua vida, ma minha...
Estou só!
Meus olhos percorrem a escuridão e nada veem.
Minhas mãos tremem...
As rosas no vaso, iluminadas pela palida luz da vela,
se entristecem mais a cada segundo que passa,
sentindo a velhice...
O vento frio embalança as cortinas.
Olho o céu...
As nuvens cobrem estrelas tristes fazendo
com que desapareçam,
E devagar,
bem devagar as calçadas pintam-se de pequenas goticulas,
Lágrimas deixadas pelo tempo...
Cai a chuva.
O céu ilumina-se pelos cortes elétricos
e trovões se espalham no ar.
Diante de tudo isto eu penso em ti.
Onde estás?
Em que mundo te encontras?
Meus olhos te veem na escuridão
E eu te abraço no nada...
Partistes?
Por que?
...
Será necessário uma resposta para todas as
minhas indagações?
Tudo passou...
As rosas morreram...
A chuva terminou...
As estrelas, voltaram a brilhar...
O tempo tudo me levou,
Menos a lembrança do teu ser!...
(Fatima - 09.10.1971)


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